- Nome em português: Amante Revelado
- Nome original: Lover Revealed
- Série: Irmandade da Adaga Negra – Livro 4
- Ano: 2011
- Autora: J.R. Ward
- Nacionalidade: Estadunidense
- Editora: Universo dos Livros
- Páginas: 496
- ISBN: 9788579301605
Resumo: Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma furiosa guerra entre os vampiros e seus carrascos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por guerreiros vampiros defensores de sua raça. Mas, agora, um aliado da Irmandade está prestes a realizar seus desejos mais secretos…
Butch O’Neal é um lutador por natureza. Ex-policial da divisão de homicídios, durão, ele é o único humano que já foi admitido no círculo da Irmandade da Adaga Negra. E deseja mergulhar ainda mais fundo no mundo dos vampiros e na guerra contra os redutores. Ele não tem nada a perder. Seu coração pertence a uma vampira, uma beldade aristocrática inatingível para ele. Se não pode ter Marissa, então, pelo menos, quer lutar lado a lado com os Irmãos.
O destino o amaldiçoa realizando precisamente o seu desejo. Quando Butch se sacrifica para salvar um vampiro dos assassinos, cai vítima da força mais sinistra dessa guerra. Deixado para morrer, é encontrado por um milagre, e a Irmandade recorrer a Marissa para trazê-lo de volta. Mas mesmo o seu amor pode não ser suficiente para salvá-lo…
Meu comentário:
Poxa, lendo assim o resumo, fica parecendo que o livro vai ser diferente dos outros. Mas ele não é. Que decepção o que houve com o Butch, de verdade, eu gostava tanto dele, do seu jeito violento e de seu bom gosto para roupas. Eu não entendi o que deu nele nesse livro ou que diabos o Ômega fez que não deu certo.
O Butch é personagem desde o primeiro livro, ele dava em cima da Bella, a Rainha dos Vampiros e acabou na Irmandade por um acaso do destino. Mas ele é bom, ele é humano, ele tem seus contatos, ele tem uma visão distinta da vida dos Irmãos. Ele se torna muito (muito) amigo de Vishous (que só a autora pode me explicar como ele não é gay! Mas vou descobrir no próximo livro que é sobre ele.) e passa a viver com a Irmandade, sumindo do cenário policial e do mundo dos humanos. Com essa exploração no mundo dos vampiros, é que ele conheceu a sem-sal da Marissa.
Como o livro é do Butch, claro que ele vai incluir a Marissa, que é parceira dele. E no começo do livro, a Marissa é muito interessante, sua visão da glymera, o escândalo que ela representou por não ter sido possuída por Wrath, o ataque de pânico que só se deu uma vez e depois, ela milagrosamente, superou. Com o decorrer do livro, a Marissa entra para a galeria de mocinhas lugar-comum virgem, com uma curiosidade sexual adequada e que recebe respostas que me fizeram rir de tão ridículas que foram (ou porque eu não seja uma pessoa tão romântica para achar que os diálogos dela e do Butch fossem, de forma mais remota, algo fofo ou carinhoso). Marissa, uma vampira velha, ligada a aristocracia sem propósito dos vampiros, é assim como os demais, só mais uma lá. Como percebe que sua vida é vazia e que sua paixão por um humano pode ainda piorar sua marca na sociedade vampírica (e eu não entendi a preocupação em relação a isso, ela já estava marcada como a virgem que o Rei não quis), depois de ter sido expulsa pelo irmão de casa, ela recorre a Irmandade para ter lugar onde viver e achar um modo de vida que a satisfaça. Um grande meh para ela…
Com Butch, temos um homem com histórico familiar complexo, que leva a culpa pelo assassinato de sua irmã. Despreza sua família e vive bêbado. Uma pessoa totalmente auto-destrutiva que encontra um tempo para pensar em Marissa de forma muito estranha, com valores que não fazem sentido. Claro, porque todos conhecemos a autoconfiança de uma pessoa que é auto-destrutiva… quem nunca? Ele vive bêbado, então, me perguntei de onde ele tirou a confiança que ele mostrou para os outros e para a Virgem [idiota].
A melhor parte do livro foi o romance gay dele com o V. e quando o Ômega apareceu e deu um pedaço dele para o Butch. Isso eu achei fantástico, pensei “uau, ia ser muito legal se ele virasse um redutor, já que é humano” e em várias partes do livro, enquanto eu vejo o sofrimento de V. (que ia perder o humano que era DELE), eu fiquei ansiosa para saber se o Butch ia virar um redutor. E o que aconteceu foi tão… Ai, matou minhas esperanças. O V. ter ‘curado’ ele não me irritou, o resumo falar que “foi um milagre” o Butch ter sido achado não faz sentido, porque o V. deu seu sangue para Butch tomar no final do outro livro (o que eu achei super legal, super gay e fiquei com esperanças de rolar um romance ardente entre eles), então, claro que V. saberia onde o Butch estava depois do humano ter sido espancado pelo poderoso Sr. X (que voltou e foi lindo) e ter sofrido a agressão de Ômega.
Pior foi a Virgem ter aparecido para não ajudar em nada, ser caprichosa e sair. Como detesto essa personagem… Faço até uma pausa na leitura quando ela aparece porque simplesmente não dá. O V. poderia ter intuído o que fazer, teria sido melhor que ver a Virgem lá.
Então, ok, temos Butch todo espancado com um pedaço de Ômega em seu corpo e num claro caminho que ele se tornaria um redutor. O V. o resgata, o salva com seu poder de luz e frustra os planos de Ômega com uma facilidade que novamente eu falei “gente porque a Irmandade não mata o próprio Ômega de uma vez?”. Achei muito tosco, de verdade. Essa minha frustração e esperança que a Sociedade Redutora ganhe um ponto, mas nada. O único que eles ganharam foi com a morte (há!) do Darius…
Enquanto o romance de Butch e Marissa se desenvolve, e o V. vai ficando doente por causa disso, tive a esperança de um ménage em algumas partes do livro. Teria sido muito mais coerente do que o V. querer arriscar a vida do humano dele num procedimento estranho para saber se o Butch tinha antepassados vampiros. O argumento era que Butch não se sentia a altura de Marissa, mas como primo do Rei Cego, ele estaria. Hmm… não! A Marissa já era pária da glymera, qual a preocupação sobre isso? O humano com o poder devastador de enfraquecer o Ômega já não estava bom o suficiente? Claro que não… Uma vez provado que ele tinha um antepassado vampiro, forçaram a transição nele para que Butch se tornasse um vampiro.
Eu suspirei diversas vezes e reclamei durante a leitura. Claro, eu queria saber o que acontecia e prossegui por conta e risco. Tanto porque teve uma visão abrangente da Sociedade Redutora e de uma ideia do Sr. X com o lutador Van. E eu fiquei pensando que a autora iria me dar alguma surpresa com o Sr. X e o Van… E esse livro matou minhas esperanças de interesse dela em desenvolver os vilões, porque ficou falando do Van, como ele era, como ele agia, como ele era forte, como ele pensava e tudo mais… Dai ele olhou para o Butch e morreu. Sério? Eu só vejo preguiça dela nos redutores, avança a história, desenvolve e dá um final cretino a todos os redutores do livro.
Agora, que grande casualidade, o Butch ser escolhido das lendas dos vampiros e dos redutores.
As cenas de sexo eu não li, confesso, passei os olhos por cima até o ponto que acaba. As falas da Marissa não davam… E o Butch bêbado, querendo ser carinhoso e ir com calma? Tá bom… A parte dele ser um homem, estar bêbado, e ter uma mulher se esfregando nele não se aplica ne? Ele tá bêbado, mas tem um incrível autocontrole. Essa construção de homem perfeito num cenário como esse, com situações como essa, me irritam.
No final, o Butch, humano legal, virou um vampiro mega poderoso por total incompetência do Ômega que teve um plano que foi frustrado logo no começo do livro e, aparentemente, o Ômega não consegue saber de nada (devia ter transformado o Butch em redutor logo que o capturou). Ele casou com a sem-sal da Marissa e virou alma gêmea do V. Dai a Virgem surge para falar que um é a escuridão e o outro é a luz… Como eu desejei um romance gay entre eles, ou um ménage com a Marissa. Como isso teria feito mais sentido…
E apesar de tudo o que o V. pensou, de ter dado seu sangue, de falar que o humano era dele, de ter dado alivio sexual ao Butch, aparentemente, ele não é gay. Vai entender isso!
O Rehvenge apareceu mais e eu gosto dele. Eu vi que um dos livros é dele *_*
Outra coisa que me irritou foi que: o Butch sabia que ele estava contaminado pelo Ômega, que ele tinha cheiro de redutor, que seu sangue ficava negro. Então, por que tanto escândalo por causa da alimentação da Marissa? Se amava tanto, devia, ao menos, ter pensado que era melhor ela se alimentar do Rehvenge do que dele, que era humano tocado pelo Ômega. Essas cenas foi como se o Butch tivesse esquecido completamente o que aconteceu a ele. Além do mais, me fizeram pensar, se os machos tem mais problema para aceitar que suas companheiras se alimentem de outros do que eles mesmo, porque no outro livro, o Zsadist se alimentava de uma das Escolhidas da Virgem, e apesar de ter ferido Bella, ela aceitou de boa. Agora ficou páginas e mais páginas falando da alimentação da Marissa e eu pensando “e quanto ao Ômega?”.
Bem, a caminho do livro 5.