Filme Crime

[Filme] Eclipse (Cutter) (2016)

  • Título Original: 커터
  • Título Traduzido: Cutter (Coreano) / Eclipse (Inglês)
  • Ano: 2016
  • Direção:  Jung Hee-Sung
  • Com: Choi Tae-Joon, Kim Shi-Hoo e Mun Ka-Young
  • Línguas faladas: Coreano
  • Local: Coreia do Sul
  • IMDb: Eclipse: Keo-Teo

Sinopse: Yoon Jae é um estudante transferido de colegial que começa a andar com o misterioso estudante Se Joo. ambos acabam envolvidos em um caso com a estudante Eun Young, que é de uma série abaixo da deles.

Meu comentário:

Eu adoro filmes sul-coreanos. Devo dizer que são meus favoritos. Eu gosto de tudo neles: narração, câmeras, cenário, fotografia, direção. Sempre que assisto um filme sul-coreano, eu fico feliz e sei que tive minutos de bom entretenimento e uma história chocante.

Com Eclipse, minha sensação não foi diferente. Eu fiquei chocada no final do filme e fiquei pensando nele por alguns dias ainda, tentando entender todo o contexto apresentado. A diretora Jung Hee Sung merece um beijo na boca por ter feito este filme. Tenho certeza que cada vez que eu rever, eu vou apreender mais coisas e pensar mais e mais. A escolha dos dois atores foi certeira também, já que o filme tem muitas cenas de olhares e os dois são extremamente expressivos nisso.

Eclipse conta a história de dois rapazes. Yoon Jae é um estudante transferido que tem um passado escuro e faz de tudo para proteger a sua mãe, que está doente no hospital. É fácil ver a necessidade dele em se tornar um adulto e ser responsável pela sua mãe que carrega a Letra Escarlate tatuada na cara ao ser uma amante de um grande politico coreano. Ele quer a todo custo proteger a mãe de ser mal falada da sociedade e esconde o máximo de informação possível sobre ela e sobre si mesmo. Na escola, ele conhece o misterioso Se Joo e eles acabam se tornando amigos.

Se Joon tem seus próprios problemas em casa e é bastante agressivo por natureza. Quando ele vê a chance de se tornar próximo a Yoon Jae, ele torna-se seu protetor e acaba ficando obcecado pelo outro jovem. Consegue um emprego de meio período para Yoon Jae num bar, onde ele seduzir umas moças e depois ir embora.

A relação dos dois caminha numa corda bamba. Yoon Jae não se expõe para Se Joon e acaba se apaixonando por uma estudante chamada Eun Young, que oras, claro, ama Se Joon. O triangulo está montado e só pode ter final trágico. Se Joon não se importa com a menina, ele quer a atenção de Yoon Jae toda para si. Yoon Jae não consegue admitir que gosta da garota, ainda mais para Se Joon, mas confessa segredos a ela. Eun Young quer ficar próxima a Se Joon, mas descobre os mistérios do Yoon Jae e acaba ficando próxima a ele.

A ideia da diretora era mostrar adolescente frágeis metidos em situações sociais de crimes de sexo que são de responsabilidade de toda a sociedade. Os dois estudantes parecem não se importar com seu trabalho de meio-período: drogar mulheres e levá-las para um hotel onde serão estupradas repetidamente até os clientes se cansarem delas. Por si só, o tema da violência contra a mulher já é bastante pesado, a introdução de dois adolescentes como parte desse processo horrível, deixa o filme bem tenso. Por não se importarem ou por não ter politicas que os instruam a não participar dessas coisas (acreditem, isso pode fazer uma grande diferença), os dois acabam metidos num mundo de tráfico de mulheres e passam por ele como se as mulheres fossem mesmo mercadorias para serem vendidas enquanto eles tirarem sua parte dos lucros.

Yoon Jae acaba tendo uma crise de consciência quando nota que uma das moças que ele carregou para um dos quartos do hotel está no hospital e entra em choque quando o vê. Talvez o terror de ser descoberto o tenha feito pensar sobre o que estava fazendo e participando.

Sem a ajuda dos pais, porque ambos tem vidas familiares complicadas, eles acabam sendo levados pelos sentimentos, tanto orgulho como ciúmes, o que gera os danos que eles vão sofrendo durante o enredo.

O filme é apontado como Boy’s Love, mas eu não tenho certeza se isso se encaixa, de fato. Se Joon é obcecado pelo Yoon Jae e quer compartilhar coisas com ele porque são amigos. Ele pode ou não estar apaixonado, sempre vai restar essa dúvida, o que fica claro é que tudo o que ele queria era que Yoon Jae fosse verdadeiro com ele, fosse seu amigo de verdade.

O final do filme é chocante e brilhante. Filme magnifico e recomendado. Só assistam!

Filme Drama · Filme Romance

[Filme] CEO and His Man (2015)

  • Título Original: 霸道总裁和他的男人
  • Título Traduzido: The Same Kind of Love / Ba Dao Zong Cai He Ta De Nan Ren / CEO and His Man
  • Ano: 2015
  • Línguas faladas: Chinês
  • Local: China

Sinopse: Xiao Mau se apaixona por Wu Si Cong desde a primeira vez que o viu em uma festa de aniversario. Ele faz de tudo que pode para tentar ganhar o coração de Wu Si Cong, mas, o único problema é que Wu Si Cong é um homem casado…

Meu comentário:

São tão poucas informações sobre o filme que vou ficar devendo tanto imagens dele como de atores e direção. Eu achei esse filme por acaso enquanto procurava algo para descansar a mente.

O filme trata do amor de Xiau por um homem hétero, noivo e rico. Querendo ter uma chance com ele, Xiau pede ajuda a uma amiga em comum deles e acaba passando uns dias na casa de Wu Si Cong, com a desculpa que sua própria casa estava com problemas.

Apesar de achar estranho, ele concorda em abrigar o outro homem por algum tempo, Justamente nesse tempo juntos, Xiau faz de tudo para se envolver com o outro homem e seduzi-lo, mas a festa acaba quando a noiva de Wu aparece. Surgem contratempos no romance e na vida financeira de Wu, que acaba ficando dependente de Xiau.

Em si, o filme não possui muito apelo e o enredo é bem pouco trabalhado. Fica evidente o sofrimento de Wu, mas o Xiau se meteu tanto na vida, mais tanto, que não consegui gostar tanto do casal. Eu não curto muito essas pessoas que se metem na vida dos outros a ponto que crie uma dependência louca entre eles.

Ao final, a libertação de Wu é bonitinha e tem cenas fofas entre os dois personagens. Uma música é tocada e ela resume o filme de forma brilhante, o que me fez pensar que não era necessário 1 hora para contar essa história.111

 

 

 

2015

[Kdrama] Scholar Who Walks The Night

Sinopse: Em uma dinastia imperial ficcional, a estória se centra na jovem filha de um nobre, que perde tudo quando o pai é acusado injustamente de um crime. Ela começa a se vestir de homem para sobreviver, e acaba encontrando um misterioso e bonito vampiro erudito. O mistério também inclui um vampiro maligno que reside no palácio, onde é o senhor manipulador na arena política e não irá para por nada para impedir que o principe herdeiro assuma o trono. (Meteor Dramas)

Meu comentário:

Motivos para assistir, eu tive aos montes. Fantasia, era Joseon, Lee Jun Ki, uma protagonista forte vestindo-se de menino. O dorama é bem bonito, tem excelente fotografia, e também tem falhas significativas de enredo. Ao final, foi divertido ver, mas ele poderia ter menos episódios que a história seria contada de forma mais concisa do mesmo jeito.

Esse dorama é baseado num Manhwa de autoria de Jo Joo Hee com os desenhos feitos por Han Seung Hee. O trabalho desde consta atualmente de 14 volumes e ainda não foi finalizado. O manhwa e o dorama tem poucas nas construção do enredo porque, evidentemente, são mídias diferentes e uma precisa contar uma história que termine.

O enredo acompanha Kim Sung Yeol, homem de confiança do príncipe que foi transformado em vampiro. Após anos de sua mudança, ele ainda está em busca de acabar com o vampiro Gwi, responsável por inúmeras mortes e por sua condição de vampiro. Apesar de ter natureza sobrenatural, Sung Yeol faz todos os esforços possíveis para manter sua humanidade e derrotar Gwi.

Posso até dizer que esse é todo o enredo. Busca de vingança de um vampiro contra o outro. Para que isso aconteça, é necessário achar um diário que contem informações importantes de uma arma para destruir o poderoso Gwi. Como essas informações foram reunidas e como a linhagem foi determinada como a correta, não explica. Sung Yeol passa o tempo todo procurando pelo bendito diário. Acaba recebendo a ajuda de Jo Yang Su, uma garota disfarçada de menino, que trabalha com livros.

A Yang Sun é uma personagem cativante, ela tem um energia, ela tem vida. Como a trama vai sendo esticada até não poder mais, a vivacidade da personagem vai se perdendo ao longos dos episódios. É uma pena, adoro essas personagens femininas fortes que estão sempre disfarçadas e ocupando os espaços dos homens e enganando eles.

Por fim, não menos importante, temos o vampiro Gwi. Ele, como todos o imortal que não tem maiores ocupações na vida, controla o governo com suas decisões e o rei é apenas um marionete de suas vontades. Apesar de seus motivos patriotas, Gwi é avido por poder e estria satisfeito em ficar nos bastidores se os humanos não tivessem o incentivado a sair.

A preocupação com o figurino é um ponto altíssimo do dorama. Gwi veste roupas lindíssimas. Conforme a transformação vai ocorrendo com Sung Yeol, suas roupas vão mudando e assumindo outra identidade. Eu achei belíssimo como existe uma narrativa que diferencia os humanos em suas castas e os vampiros e suas tendências. Já ótimas cenas de luta, que proporcionam um grande impacto em quem está assistindo, muito bem coreografadas.

Minhas criticas vão: não precisava ter tantos episódios; muitas das argumentações em relação a mitologia dos vampiros são bem fracas e não se sustentam; não deveriam menosprezar tanto assim os camponeses. Fora isso, é um bom dorama, divertido e com atores bonitões.

2015

[KDrama] Oh My Ghost!

  • Título Original: 오 나의 귀신님 / O Naeui Gwishinnim
  • Título em Inglês: Oh My Ghostess / Oh My Ghost
  • Ano: 2015
  • Gênero: Romance, Comédia, Fantasia
  • Episódios: 16
  • Canal: TvN
  • Direção: Yoo Je Won
  • Local: Coreia do Sul
  • IMDb: Oh My Ghost!
  • Site Oficial: TvN – 오 나의 귀신님
  • Drama Wiki: Oh My Ghost

Sinopse: A tímida Na Bong Sun é possuída por um espirito que tem negócios inacabados e acaba tendo um relacionamento com o chefe de Na Bong Sun, o famoso chef Kang Seon Woo, que não acredita em fantasmas.

Meu comentário:

Mais um excelente dorama da TvN, sempre com temáticas divertidas. Dessa vez, de fantasma.

Oh My Ghost conta a história da introvertida Na Bong Sun, uma aspirante a cozinheira, que trabalha num restaurante super famoso e tem a habilidade de ver espíritos. Sem muita força em seu caráter, acaba sendo passada para trás e tendo uma vida de dificuldades, até ser possuída pelo espirito de uma jovem chamada Shin Soon Ae e tem sua vida transformada.

Shin Soon Ae está com os dias contados como espírito e logo deverá se tornar um espírito maligno se não resolver seu problema inacabado e ir para o reino dos mortos. Acreditando que seu problema é o fato de ter morrido virgem, ela possui jovens mulheres e tenta a todo custo ter sua primeira relação. Com o passar da história, ela irá desvendar mistérios em relação a sua morte e saber o motivo pelo qual está presa no reino dos vivos.

As duas são completamente distintas e acabam tendo uma união de interesses para que as possessões continuem. Uma quer o amor do chef e a outra quer transar com ele. Algo simples e que vai gerar muitas cenas engraçadas.

Eu assisti porque gostei da temática de fantasma e porque é bem divertido. Algumas vezes, os doramas exageram no humor, mas esse tem na boa medida. Não gostei de como a Soon Ae agiu ao descobrir que o chef era um poço de energia positiva, eu achei que ficou um pouco forçado, mas não deixou de ter lances divertidos.

O romance é muito bem feito e Kang Sun Woo é um personagem adorável. Ele é muito narcisista e isso não muda a história inteira, o que é fabuloso. Ele é aquilo que é e se garante muito bem na cozinha. Esse foi um romance que eu torci desde o inicio, eu queria que a Bong Sun tivesse uma chance com o chef, mesmo sendo muito tímida e sem jeito. Ele se torna muito possessivo em relação a namorada, o que parece de praxe dos doramas.

A história do passado de Soon Ae vai se revelando durante a trama e mostra como é possível fazer um background decente para personagens, sem recorrer a coisas que não fazem sentido. Quando o foco do dorama está no passado de Soon Ae, quando viva, fica impossível não assistir porque você quer saber o que aconteceu e quais são as ligações que vão aparecendo aos poucos.

Existe um discurso feminista de leve entre os funcionários do restaurante, em cenas que eles dizem que gostam de mulheres que trabalham e coisas assim. Eu adorei que tenham colocado isso e que exista a chance de personagens masculinos, sempre tão machistas e mandões, admirarem mulheres que são diferentes dos padrões impostos pela sociedade. Um grande ponto positivo para o dorama nesse sentido.

As cenas deles servindo as pessoas me lembrou Hell’s Kitchen. Eu não sei se iria num lugar onde ficasse tanta gritaria. A cozinha é para os fortes e meu respeitos aos cozinheiros, sous chefes e chefs.

O enredo tem uma curva que muda totalmente o contexto no final, dando uma nova linha aos acontecimentos. Embora não tenha ficado claro como é que os espíritos malignos agem e quais as vantagens deles em relação aos espíritos normais, a inclusão deles no enredo ficou fantástica. O final de Choi Sung Jae (interpretação maravilhosa de Im Joo Hwan – meu personagem favorito do dorama) não ficou tão claro como deveria e eu não gostei muito dele.

Recomendado pelo drama na medida certa, as cenas engraçadas e o enredo envolvendo o Sung Jae.

2017

[Kdrama] My Shy Boss

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  • Título Original: 내성적인 보스 / Naeseongjeokin Boseu
  • Título em Inglês: Introvert Boss / Introverted Boss / My Shy Boss
  • Ano: 2017
  • Gênero: Romance, Comédia, Drama
  • Episódios: 16
  • Direção: Song Hyun Wook
  • Local: Coreia do Sul
  • IMDb: Naesungjukin Boseu
  • Site Oficial: TvN – Introverted Boss
  • Drama Wiki: My Shy Boss

Sinopse: Quando uma funcionária jovem e dinâmica entra em uma empresa de relações públicas com um chefe introvertido e gravemente mal compreendido, ela torna sua missão de vida mostrar ao mundo como ele é de verdade. (retirado de DramaFever)

Meu comentário:

Eu assisti esse dorama em três dias. Geralmente eu paro no episódio 7 ou no 10, mas esse dorama tem um enredo tão bom, que facilmente passei as minhas marcas de desistência. (Minha analise não está tão precisa porque faz tempo que assisti e não fiz a resenha antes.)

My Shy Boss conta a história de Eun Hwan Ki, chefe de uma empresa de relações pública. Ocupando um cargo tão importante em um negócio que requer contato com clientes, o chefe nunca aparece, embora ele tente muito.

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Eun Hwan Ki, o “Silent Monster” como é conhecido, é um sujeito tímido (extremamente tímido), todas as suas tentativas de aparecer em público dão errado e ele acaba sendo bem mal interpretado por causa disso. Os empregados falam que ele é um monstro, arrogante e mandão. Há  uma sugestão dele ser um assassino que é o ponto alto de tudo o que acham dele, com cenas incrivelmente engraçadas.

A empatia com ele é feita de forma tão pura que não é possível não torcer para que tudo dê certo e que e as pessoas vejam a pessoa maravilhosa que ele é. A interpretação do Yeon Woo-Jin não deixa nada a desejar, com a ideia dos olhares preocupados, você sente a mesma aflição que o personagem.

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A mocinha é a Chae Ro Woon, uma atriz que acaba sendo contratada pela empresa de Hwan Ki. Destemida, ela é totalmente o oposto do chefe. Essa é uma das coisas que me manteve assistindo o dorama, ver uma protagonista forte e decidida… Até ela virar uma protagonista padrão que esqueceu todos os motivos que a levaram a estar na empresa.

Eu torci pelo romance, acho que mais pelo Hwan Ki que precisava de alguém para ajudá-lo do que por acreditar que o amor da Ro Woon iria salvar alguém. O romance é cativante sim, mas ele não tem sustentação em algumas passagens depois do episódio 12 por causa da motivação esquecida da protagonista.

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Completando o grupo, temos Kang Woo Il. Ele é o outro presidente da empresa, o que dá as caras nas reuniões e é adorado pelos funcionários. A história dele é uma das mais interessantes do dorama inteiro. É um personagem sofrido, muito bem interpretado e cheio de inspirações e segredos.

A trama trata de verdade e mentira, do que as pessoas julgam por ver e não conhecer. Tem momentos de arrependimento e redenção muito bons, que valem a pena assistir e passar pelos 16 episódios. O grande segredo da trama vai sendo revelado aos poucos e dá voltas, que uma hora parece que é uma coisa e depois, parece que é outra. Um excelente enredo, bons personagens, ótimas atuações.

Mais  uma boa produção da TvN, em breve mais doramas dessa emissora que aposta em enredos arrojados e fantásticos. Aplausos para eles.
Dorama recomendado.

Filme Crime · Filme Terror · Steven R. Monroe

[Filme] Doce Vingança 2 (2013)

  • Título Original: I Spit On Your Grave 2
  • Título Traduzido: Doce Vingança 2
  • Ano: 2013
  • Direção:  Steven R. Monroe
  • Com: Jemma Dallender, Yavor Baharov, Joe Absolom
  • Línguas faladas: Inglês, Búlgaro
  • Local: Estados Unidos
  • IMDb: Doce Vingança 2 (2013)

Sinopse: Naturalmente bela, Katie se mudou para Nova York para tentar a carreira de modelo, mas o que começa como uma simples e inocente sessão de fotos, logo se transforma em algo perturbadoramente impensável! Estuprada, torturada e sequestrada em um país estrangeiro, Katie é enterrada vida e deixada para morrer. Contra todas as probabilidades, ela consegue escapar. Gravemente ferida, ela vai ter de se aventurar nos lugares mais escuros da psique humana, não só para sobreviver, mas para executar seu plano de vingança…

Meu comentário:

Como tive resistência para entender porque vi o primeiro filme, eu demorei para ver o segundo. Surpreendentemente, esse filme é muito menos violento que o primeiro – cuja violência é gratuita e crua, assim como as cenas que exploram o corpo da protagonista quando todo mundo já entendeu que ela foi estuprada e violentada de diversas formas. E sim, eu vi o filme sem censuras e perto do primeiro, esse é menos violento mesmo.

O que pode até ser considerado um ponto positivo para o filme, afinal, tamanha gratuidade soa como um fetiche ao passar tanto tempo focado na violência contra a protagonista. Como mulher, obviamente que esse tipo de abordagem vai me incomodar e eu também não acredito que é necessário tanta violência para justificar o que a protagonista fará em sua vingança, uma vez que as pessoas se vingam por motivos menores do que esse.

Nesse filme, a Jennifer (protagonista do primeiro filme) não aparece – ainda bem; mas sei que o filme 3 é com ela. Se trata de uma nova história, de uma jovem bonita que quer ter carreira de modelo, mas tem fotos tão ruins que não irá conseguir nada ao menos que contrate um fotógrafo profissional. Sem dinheiro e vivendo num prédio com vizinhos escandalosos, a jovem Katie entra em contato com um fotógrafo, Ivan, que faz fotos de graça. Até ai, você já nota que não poderia nada dar certo, afinal, que fotógrafo faz seu trampo de graça? Desconsiderei porque a Katie tinha um lado inocente que foi exterminado no filme.

Sua maior ambição foi seu maior erro. Um dos irmãos do fotógrafo fica encantado por ela e após a sessão de fotos não dar certo porque eles queriam que ela tirasse a roupa, Katie espera nunca mais encontrar os irmãos. No entanto, um dia, o irmão que ficou apaixonado por ela, Georgy, aparece na casa dela e é ai que tudo começa.

Após ser estuprada em casa e ver um amigo morrer, ela é drogada e acorda num porão de uma casa, sem saber onde está, com um dos irmãos a estuprando. Então, seu real pesadelo acontece, com sessões de estupro e tortura, intercaladas num loop de eterno sofrimento e com ela berrando e berrando. Quando consegue ver uma brecha para fugir, ela consegue escapar do seu cativeiro e vaga pelas ruas de uma cidade desconhecida em entender o que os locais falam e porque ninguém a ajuda. Acontece que ela foi para outro país e eu não entendi bem como isso aconteceu e como ela foi transportada para lá, sem qualquer documentação. Os agressores não pareciam ricos o suficiente para fretar um voo até a Bulgária e essa parte do filme ficou sem dar a menor explicação de como aconteceu, apenas aconteceu.

Consegue ir para uma delegacia e é resgatada por uma mulher que diz entender o trauma dela porque viveu o mesmo. Confiando na mulher, Katie segue com ela e acaba no cativeiro novamente somente para voltar ao seu pesadelo. Os irmãos decidem se livrar dela a enterrando viva, mas Katie consegue escapar e começa a preparar sua vingança. Finalmente, notamos que toda a violência contra ela acabou e é hora do troco. Essa mulher que surge para ajudá-la deu uma apunhalada nela maior do que a violência física e eu gritei contra essa personagem maldita que apenas ferrou ainda mais a Katie.

A Katie é uma personagem meio perdida no começo do filme, embora mostre que ela possue habilidades de sobrevivência por ter vivido no interior e isso ajuda a mantê-la viva depois que consegue fugir, pela segunda vez, da família que a sequestrou. Já totalmente desumanizada, ela vive como um animal cheio de medo e nem mesmo o padre de uma igreja onde ela rouba comida consegue falar com ela.

Cheia desse sentimento, Katie arma então a vingança contra seus captores – que mereceram tudo o que ela fez com eles porque foi a mesma medida do que fizeram a ela. Mesmo a vingança foi elaborada conforme tudo o que ela ouviu deles durante a tortura, mas o nível de violência bem menor do que o do  primeiro filme. Ela pareceu gostar de cada minuto e isso é o que faz esse filme ter algum sentido, já que é um filme sobre vingança.

Não acredito que esse filme possa ser uma sequencia sendo que é uma história diferente sem nenhuma conexão com o primeiro, assemelhando-se apenas no tipo de plot. Foi dirigido pelo mesmo diretor do primeiro filme, mas as sequencias não são assinadas por ele – deve ter entendido que não tinha porque continuar com isso. Talvez eu veja as sequencias, mas preciso de um tempo para me livrar da sensação ruim do filme (tanto pela violência gratuita contra a mulher como por ser um filme ruim).

Assim como o primeiro, uma perda de tempo.

2013

[JDrama] Last Cinderella

Sinopse: Toyama Sakura (Shinohara Ryoko) é uma cabeleireira de 39 anos que está preocupada com a estagnação de sua vida. Tenta o cargo de gerência e perde a posição para um antigo colega, Tachibana Rintaro (Fujiki Naohito). Já que não obtêm sucesso na vida profissional, decide melhorar sua vida amorosa. Acaba aceitando um convite para ir numa festa de solteiros e conhece Saeki Hiroto (Miura Haruma), um ciclista de BMX de 24 anos, com quem inicia uma relação.

Meu comentário:

Esse dorama estava criando mofo no meu PC e resolvi assistir de uma vez, intercalando com a maratona de Kdramas, para dar uma boa variada nos estilos. Não foi uma perda de tempo pelo elenco (maravilhoso) e pelo plot que me interessou muito.

A história acompanha Sakura, uma cabeleira de 39 anos que não cuida da aparência (apesar de trabalhar num salão de beleza) e que não se comporta como uma mulher deveria de comportar (segundos os padrões da sociedade japonesa). Só por isso, o dorama já vale e não é necessário falar mais nada da história. Sakura vive com o cabelo longo preso, usa roupas largas, adora cerveja, é bagunceira, é uma boa amiga e uma ótima ouvinte. Tendo tantos atributos contra a protagonista padrão dos doramas, ela é simplesmente adorável. Grande crédito a atuação da Shinohara e os esforços da produção para deixá-la comum.

Sakura tem duas grandes amigas, Miki, uma quarentona solteira que transa com todo mundo e Shima, casada que não tem sexo com o esposo faz tempo. Cada uma delas tem seu papel de vital importância no enredo, revelando os medos e traumas das mulheres mais velhas, o que valeu muito a pena também, porque a história foi muito mais madura do que eu achava que seria. Enquanto Miki tem essa liberdade sexual, ela sofre pela pressão feita para a geração de crianças e Shima tem filhos e uma vida boa de casada e não tem relações sexuais com o marido, revelando (o obvio) que as mulheres casadas ainda possuem sua sensualidade e a frieza dos relacionamentos as deixam tristes. Eu gostei de terem levantado esses pontos, o que apenas contribuiu para continuar acompanhando a história e saber qual seria o destino delas.

O gerente do salão, Rintaro, não está interessado em namoros até ser pressionado por sua mãe a encontrar uma esposa já ele passou da idade de casar e ter filhos (acho divertido quando colocam isso como uma condição). Rintaro é um bom amigo da Sakura e em nenhum momento achei que seria mais do que isso, apesar de ambos serem mais honestos quando estão juntos. Embora parecesse infantil a forma como eles tratam um ao outro na presença dos outros, quando estão sozinhos, a amizade acaba se revelando bem mais respeitosa e amistosa. Ele acaba se apaixonando por Sakura após passar mais tempo com ela e acabando com seus pré-conceitos sobre como uma mulher deveria se portar.

Rintaro, que é um cara legal, é o amor de uma jovem chamada Chiyoko. Egoísta, a jovem quer separar Sakura e Rintaro porque acredita que os dois possam desenvolver uma relação romântica. Para evitar isso, Chiyoko pede ao meio-irmão, Hiroto, que seduza Sakura e a tire de seu caminho. Chiyoko tem um fôlego exagerado na trama porque a personagem não chegou a ser uma ameaça a ninguém, uma vez que só ficava olhando e olhando e quando decide tomar uma atitude para conquistar o Rintaro, é tarde demais. Ou seja, tudo o que aconteceu a ela foi merecido.

Assim, chegamos a Hiroto, o jovem de 24 anos, que aparece na história para seduzir Sakura e acaba de apaixonando por ela. Sua história com a família é complicada, já que seu pai casou-se com outra esposa e ele ficou encantado pela nova afilhada, ignorando o filho. Para piorar a situação, Hiroto e Chiyoko tem uma complexa relação de irmãos, o que faz com que Hiroto seja incapaz de recusar os pedidos da meia-irmã. Ele é ciclista da modalidade BMX freestyle (ele faz manobras) que fica concorrendo em campeonatos da região da Kantou, algo que sua família rica reprova. O fato dele praticar esse esporte mostra uma personagem tão distinta da Sakura que dá uma vitalidade a ela que faz com que você aprove o namoro e torça por eles.

Eu nunca vi tantas insinuações de sexo e beijos em um único dorama. Eu fiquei surpresa com a introdução as personagens e como havia essas cenas. Os doramas tem um aspecto recatado  (em relação ao que vemos de novelas do Brasil) e quando aparece um pouco mais disso, é surpreendente. Eu gostei dessa liberdade, mesmo que o romance entre Sakura e Hiroto fosse de um recato quase puritano sendo que ela é uma mulher mais velha e não haveria necessidade de fantasiar sobre sexo (tanto porque, aparentemente, ela já teria feito com outras pessoas). Mas não seria um bom conto de fadas se o sexo fosse de graça ne? (o que eu acho lastimável para a narrativa, mas okay).

Ao final, um dorama que merece ser assistido. Em minhas considerações: Eu estava torcendo pelo Miura só porque ele me lembra o Kamenashi Kazuya, mas eu achei ele um idiota por mentir para Sakura. Não poderia apoiar o Rintaro porque eu acredito em amizade entre homens e mulheres e eles podiam ser amigos e não terem um romance por isso, e porque ele soube que o Hiroto tinha se aproximado da Sakura com a missão de seduzi-la e não avisou a amiga.

Ambos não deveriam sequer cogitar ficar com a Sakura sendo que mentiram/omitiram os fatos para ela com medo que ela fosse se machucar. Pior desculpa que alguém pode dar para uma situação enganosa.

(Um bônus para esse dorama: Yamamoto Yusuke como host. Simplesmente maravilhoso. Quando eu vi ele, até dei um gritinho. Bonitão!)

2014

[Kdrama] Her Lovely Heels

  • Título Original: 여자만화 구두 / Yeojamanhwa Goodoo
  • Título em Inglês: Woman Comic Shoes / Girls Comic Shoes
  • Ano: 2014
  • Gênero: Romance
  • Episódios: 10
  • Direção: Ahn Gil Ho, Min Yun Hong
  • Local: Coreia do Sul
  • IMDb: Her Lovely Heels
  • Drama Wiki: Her Lovely Heels

Sinopse: Uma história de amor num escritório, entre Shin Ji Hoo (Han Seung Yeon), uma mulher de 24 anos que tem medo de amar e Oh Tae Soo (Hong Jong Hyun), um homem de 28 anos que tem experiência em namoros e é muito cínico, no entanto, ele vai se transformando conforme sua relação com Ji Hoo avança.

Meu comentário:

Raramento falo isso, mas esse dorama é muito fofo. Ele é bem curtinho e comecei a assistir por causa do Hong Jong Hyun já que tinha visto ele em Moon Lovers e fui procurar doramas que ele aparece. Foi uma boa decisão!

Esse dorama fala sobre uma mulher, Ji Hoo, que se apaixonou por um homem numa sapataria e quando o reencontra, tem medo de se confessar por ter sofrido em sua última relação. Apesar de todas as tentativas, ela acaba ficando com medo e bastante desconfiada de se entregar ao amor.

Do outro lado, temos Oh Tae Soo que não tem interesse em namoros e a principio, não quer nada com Ji Hoo porque ele está esperando a moça perfeita. Enquanto ele foge de relacionamentos, tanto Ji Hoo como uma outra colega de trabalho chamada Dae Ri (aka Gerente Kim).

Como é um mini drama, com apenas 10 episódios e cada um com aproximadamente 12 minutos, acredito que não muito o que falar sem dar spoilers do que acontece. É um romance bem bonitinha, com uma protagonista fofa e inocente e um companheiro bem sensual e resolvido.

O que me irritou foi que a Ji Hoo ficou meio maluca no final, desconfiada de tudo e fiquei pensando o porque de retratá-la assim, mesmo com seu problema de não acreditar no amor. Ela começa a fazer umas exigências que deixam tudo meio meh, mas não estragam por completo o dorama. Realmente não gostei disso, mas o enredo e a interação dos personagens salvam esse tipo de situações.

Dorama recomendado. É curto e é fofo.

 

2016

[Kdrama] Goblin

  • Título Original: 쓸쓸하고 찬란하神-도깨비 / Sseulsseulhago Chanranhasin – Dokkaebi
  • Título em Inglês: The Lonely, Shining Goblin / Goblin: The Lonely and Great God / Guardian: The Lonely and Great God
  • Ano: 2016
  • Gênero: Romance, Fantasia
  • Episódios: 16 + 3 Especiais
  • Direção: Lee Eung Bok
  • Local: Coreia do Sul
  • IMDb: Sseulsseulhago Chanranhasin – Dokkaebi
  • Site Oficial: TvN – Goblin
  • Drama Wiki: Goblin

Sinopse: Uma história de fantasia que envolve três personagens: Goblin que precisa de uma esposa humana para dar fim a sua vida imortal, um Ceifador com amnesia que vai morar com ele e uma garota humana que vê fantasmas e afirma ser a “noiva do Goblin”.

Meu comentário:

Voltei a minha temporada de Kdramas e terminei recentemente de ver esse. Eu já queria assistir porque tem um Barqueiro e só por ele que eu vi. Além do mais, envolvia fantasia e eu adoro esse tipo de enredo. Goblin foi uma grande sensação entre as pessoas que assistem doramas e fez muito sucesso. Ele foi lançado para celebrar os 10 anos da tvN e teve grande publicidade.

Antes de tudo, embora a tradução tenha ficado Goblin, o protagonista é um Dokkaebi, um trickster da mitologia coreana. Ele é um espirito que ajuda as pessoas quando elas o agradam ou as prejudicam quando não o agradam. São comuns as histórias sobre ele e por isso, no seriado, não deixaram claro do que se tratava e por causa da tradução, acabamos tendo uma outra ideia do que o Dokkaebi seja – tanto porque eu acho que Goblin faz menos sentido ainda para nós brasileiros.

A história é sobre um general de guerra que acaba traído pelo rei e se transforma num Dokkaebi. Pouco antes de sua morte como humano, ele desejou que houvesse alguém capaz de livrá-lo de sua maldição. Após 900 anos, voltando para a Coreia, o Dokkaebi encontra uma garota que pode ver fantasmas e que todos [fantasmas] dizem se tratar de sua noiva.

A garota em questão, Eun Tak, nasceu por circunstâncias especiais: sua mãe ainda grávida, deveria ter morrido em uma noite, mas graças a interferência do Dokkaebi (que se sentiu generoso em atender ao pedido da mortal), as duas enganam a morte e vivem. Por isso, Eun Tak é capaz de ver fantasmas e falar com ele, o que deixou sua infância bem complicada e tendo agravantes de sua família exploradora. Foram esses fantasmas, que ela tenta ajudar a fazerem a “passagem”, que a alertaram sobre o fato dela ser a Esposa do Dokkaebi. Ela passa a ser capaz de convocar o “noivo” toda vez que sopra e apaga uma chama – isso foi muito muito muito legal e criou situações ótimas.

Para confirmar a história e poder dar fim a própria existência do Dokkaebi, a garota precisa enxergar a espada trespassada no corpo dele – o que resultou em sua morte como humano, e ser capaz de puxá-la. Apesar da enrolação, Eun Tak acaba se confirmando como a Esposa dele, fazendo com que o romance entre eles floresça.

Fechando o trio de protagonistas, um Ceifador (Grim Reaper), após 300 anos juntando o dinheiro ofertado a ele nos velórios, consegue alugar a casa onde o Dokkaebi mora (por circunstâncias arrumadas por um humano que serve ao Dokkaebi) e passa a morar com ele.

Minha motivação foi o Ceifador. Eu adorei como o pós-morte foi desenvolvido, como uma grande empresa que tem seus happy hour e suas oficinas de inverno. Simplesmente maravilhoso. Deu alegria a morte e ficou bem romântico todo o procedimento que os Ceifadores utilizam para buscar uma alma e a encaminharem para seu destino. O cenário da casa de chá é belíssimo, uma poesia sobre esse momento ao expor as inúmeras xícaras de chá que contornam o salão.

O enredo vai se desenhando e se interligando passado e presente conforme os capítulos passam. É um bom enredo, bem triste e muita vezes, extremamente triste, apresentando um desfecho para as ideias abertas (não todas). Apesar de saber que o protagonista é um trickster, não foram convincentes as cenas que ele estava bravo ou queria prejudicar alguém porque ficou mostrando como ele estava feliz do lado da Eun-Tak que quando ele se mostrava de outro jeito, ficava bem meh. Para ajudar nesse enrosco, tinha diálogos explicando o porque dele estar fazendo o que estava fazendo (o que melhorou a narrativa em diversos momentos).

O Dokkaebi e o Ceifador são duas personagens bem sozinhas e tristes. Dá dó deles. Um porque foi traído, não consegue morrer e fica lembrando todos os dias do que aconteceu no passado; outro porque não consegue lembrar de nada e atende a diversas almas tristes (dada a natureza do seu trabalho). O humor entre eles serviu para quebrar a tensão crescente da solidão de ambos e ajudou a criar uma nova visão sobre eles. A fotografia do dorama é fantástica e as tomadas com enquadramento maior, mostram os dois no centro e sozinhos, e você acaba ficando triste por eles. Os dois atores se esforçaram em seus papeis, eles eram diferentes, mas estavam conectados, e a química entre eles é um ponto fortíssimo do dorama.

A fotografia em kdramas sempre é um elemento bem forte, mas nesse dorama, teve papel fundamental para a construção da narrativa. Cenários grandes e vazios, contraste de luzes, a natureza integrada aos seres sobrenaturais.

A Eun-Tak é a protagonista padrão: vida sofrida, mas sempre levada em grande bom humor. As motivações dela vão mudando conforme a história passa para dar os momentos fofos e os momentos de sofrimento ao relacionamento dela com o Dokkaebi. Ela passa grande parte da história as escura sobre o que é ser a “Noiva do Goblin” e quando descobre qual a função da vida dela, se recusa a cumprir seu destino. Nem pretendo criticá-la mais, eu até gostei de como ela evolui e tomou decisões que ajudaram a história a ficar boa e não fraquejou nelas. No entanto, confesso que quase no final, ela já não fazia qualquer sentido para mim.

O que não me deixou torcendo pelo casal principal foi que eu não gostei da ideia dela ser uma estudante de ensino médio com um cara de 900 anos. Apesar de todos os esforços do seriado para transformar o Kim Shin (uau e falei o nome do Dokkaebi!!!) em um ser inocente, simplesmente não funcionou comigo. Primeiro: 900 anos, isso deveria significar muita coisa vivida, não? Segundo: ele é um espirito enganador e aonde que seres com essa natureza são “inocentes”? Terceiro: fofura infantil não combina com o passado do personagem, se criou passado forte, no minimo, deveria manter isso. No final, não rolou mesmo nenhuma torcida por eles, mesmo que a química entre os dois atores tenha sido muito boa.

A passagem de tempo do enredo é péssima. PÉSSIMA! Dez anos não significaram nada. Os episódios 13 a metade do 15 são completamento descartáveis. Eles foram enrolando e enrolando,  mostrando cenas fofas e só. Eu quase pensei em deixar de ver quando estava passando por essa fase, mas já que tinha assistido até ali, resolvi ver se o final ia ser melhor. De fato, não me arrependi. O final entre a Eun-Tak e o Dokkaebi foi muito bom, bem razoável e dado de antemão pelo Ceifador. O final do Ceifador foi bem “aaaaaaahhhh vamos dar um happy ending para alguém”, tosquíssimo.

Apesar disso, eu recomendo o dorama porque tem bom enredo (HISTÓRIA TRISTE, MUITO MUITO MUITO TRISTE), boas cenas, bons atores, fotografia excelente e fantasia. (Eu geralmente não tenho minhas expectativas alcançadas com kdramas, então, assisto já sabendo que em algum momento vou me enfurecer).

Seriados · The Crown

[Seriado] The Crown

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  • Título Original: The Crown.
  • Título Traduzido:  The Crown.
  • Ano: 2016.
  • Criador: Peter Morgan, Stephen Daldry.
  • Produtor Executivo: Andy Harries.
  • Com: Claire Foy, Matt Smith, Vanessa Kirby.
  • Compositor: Rupert Gregson-Williams.
  • Local:  EUA.
  • Autor da obra original: Peter Morgan.
  • IMDb: The Crown.

Sinopse:

Filha do rei George VI (Jared Harris), Elizabeth II (Claire Foy) sempre soube que não teria uma vida comum. Após a morte do seu pai em 1952, ela dá seus primeiros passos em direção ao trono inglês, a começar pelas audiências semanais com os primeiro-ministros ingleses. Ela assume a coroa com apenas 25 anos de idade, mas com grandes compromissos, vêm grandes responsabilidades. (Retirado do Adoro Cinema).

Meu Comentário:

Há algum tempo eu tenho visto a indicação dessa série na netflix, e esse fim de semana resolvi assistir e ver se o poster que me chamou bastante atenção fazia jus ao conteúdo em si.

Como estudante de história sempre gostei muito de aprender sobre a Inglaterra, sobre a política do país em si e principalmente sobre a monarquia britânica. Ao longo da faculdade, enquanto era pressionado a escolher um tema para realizar o famigerado TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), pensei em vários em que pudessem ser pesquisados envolvendo a Inglaterra, acabei, por vários motivos, me dedicando a Reforma Protestante empreendida por Henrique VIII e seus desdobramentos ao longo dos reinados de seus descendentes. De qualquer forma, isso não importa muito, porém resolvi explicar para deixar claro que eu sempre gostei muito dos temas que são tratados nessa série.

Sem mais enrolações, falando da série em si, uma das coisas que mais gostei foi da fidelidade na caracterização dos ambientes, da época e até mesmo dos atores que são muito parecidos com os membros da família real verdadeira, o que da à série grande qualidade. Lendo notícias a respeito, encontrei vários apontamentos de que seria a produção mais cara da Netflix, o que é perfeitamente cabível quando analisado as locações, os cenários, a ambientação e os figurinos impecáveis usados nas gravações.

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Rainha Elizabeth II e seu marido Philip Mountbatten, Duque de Edimburgo.
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Elenco principal.

A história começa nos últimos anos de reinado do rei George VI, pai de Elizabeth e traz para o público o casamento da princesa e os resquícios dos graves problemas causado à Coroa britânica pela abdicação do rei Edward VIII, tio de Elizabeth. No desenrolar dos primeiros episódios, o rei George VI, que estava doente, acaba falecendo e a coroa é herdada por Elizabeth, filha mais velha, que é coroada com apenas 25 anos de idade. Assim, começa a trama da série, tratando dos muitos desafios e problemas enfrentados pela nova rainha logo no início do seu reinado.

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Elizabeth vestida de noiva segundo a série e imagem da verdadeira princesa Elizabeth em seu casamento.

A produção busca contar os 60 anos de reinado da rainha Elizabeth II, cada uma das temporadas contando uma década. Atualmente estão sendo gravados os episódios da segunda temporada que será pautada na década de sessenta.

Fazendo um balanço dos dez primeiros episódios posso elencar alguns pontos positivos e outros negativos da produção:

Positivos: a série me parece bem fiel aos acontecimentos, a história política da época e ao temperamento das personagens em si, lembrando que trata-se de uma produção baseada na realidade e em pessoas vivas. Outro ponto que muito me agradou, como já foi dito, foi a escolha impecável dos figurinos e dos atores que lembram muito as figuras reais, além da excelente fotografia de lindas paisagens e cenários e dos ótimos diálogos travados principalmente pela personagem que encarna Winston Churchill.

Negativos: embora eu tenha gostado bastante da série, acredito que uma das coisas mais complicadas é a velocidade dos acontecimentos dentro dos episódios, tudo acontece muito lentamente e não há grande ação na maior parte do tempo e também achei que os problemas vividos pelas personagens ganharam um tom muito dramático, onde tudo (embora tenha algum fundamento por tratar-se da família real) ganha grandes proporções.

No geral, recomendo a série sim, porém, fazendo um alerta que talvez seja necessário um pouco de conhecimento de história geral da época pois são feitas muitas referências no decorrer dos episódios além de um pouco de paciência para com o andamento dos acontecimentos.

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Trailer da Primeira Temporada:

E para aqueles que quiserem uma prévia uma pouco maior: